Considerando a porcentagem de vegetação original destruída, a bacia do mar Mediterrâneo é a região mais agonizante do planeta: apenas 4,7% da área original segue intacta e 32 espécies de animais endêmicas (que só existem no próprio lugar) estão ameaçadas de extinção. Mas neste ranking ingrato há outras nove regiões com mais de 90% do território original destruído (veja o infográfico no link a seguir).http://planetasustentavel.abril.com.br/infos/info_biodiversidade/index.html
Elas fazem partede uma lista de 34 regiões definidas por organizações ambientais como as mais importantes para a conservação da biodiversidade mundial. São os hotspots: locais que possuem ao menos 1 500 espécies de plantas endêmicas e já perderam 70% ou mais de suas áreas originais. Juntas, as 34 regiões ocupam menos de 3% da superfície do planeta, mas concentram 50% de todas as espécies vegetais e 42% de todos os vertebrados da Terra.
"Você acaba com a força de evolução do planeta quando interrompe de maneira tão abrupta a existência dessas regiões riquíssimas", afirma a bióloga Monica Fonseca, da ONG Conservation International do Brasil. Duas dessas regiões estão no Brasil: a mata Atlântica, com 8% da cobertura original, e o cerrado, com 20%.
A sonda norte-americana Juno, que acaba de entrar na órbita de Júpiter, funciona normalmente e já começou a transmitir sinais para a Terra, informou a Nasa, a agência espacial norte-americana.
A viagem para Júpiter durou cinco anos e agora a sonda está girando em volta do planeta a distância de 5 mil km. Ela dará 33 voltas ao redor de Júpiter durante um ano.
"A sonda acaba de se voltar para o Sol, as antenas estão viradas para a Terra e começamos a receber sinais de alta precisão. Em princípio, vemos que a sonda está em ordem e ficamos muito satisfeitos com isso", disse um funcionário da missão da Nasa.
Segundo ele, os especialistas deverão analisar todos os dados e estudar como funciona o motor da nave espacial durante a sua permanência em órbita.
Dentro de alguns dias, os instrumentos de pesquisa da sonda começarão a funcionar. A Nasa anunciou que os dados mais importantes serão recebidos por ocasião da aproximação máxima da sonda Juno a Júpiter, que acontecerá em 27 de agosto.
A Nasa destacou o êxito da missão Juno e declarou que "Júpiter está conquistado".
A sonda começou a sua viagem para o espaço em agosto de 2011. O objetivo principal do aparelho é fazer estudos sobre a estrutura de Júpiter e a história de sua formação.
Pela primeira vez na história, a capacidade de geração de energia eólica ultrapassou a energia nuclear, esses dados foram anunciados pelo Global Wind Energy Council, World Nuclear Association e outras entidades ligadas ao setor energético.
De acordo com as entidades, a geração de energia eólica global atingiu os 432.42 GW no final de 2015, enquanto a capacidade nuclear se ficou em 382.55 GW.
Segundo o Global Wind Energy Council, a energia eólica cresceu 17% em 2015. Os novos parques eólicos representaram 63.01 GW em 2015, o correspondente a 60 reatores nucleares.
A China, por sua vez, lidera o mercado global de energia eólica, com 145.10 GW de capacidade.
Destes, 30.50 GW foram instalados em 2015 – metade do total global. O New Europa diz que o país asiático ultrapassou a União Europeia na geração de energia eólica. Ainda assim, 80% da eletricidade da China ainda é gerada pelo carvão.
Os Estados Unidos são o segundo maior produtor de energia eólica, com 74.47 GW, seguidos da Alemanha (44.95 GW), Índia (25.09 GW) e Espanha (23.03 GW).
No dia 23 de junho de 2016, os cidadãos da Grã-Bretanha foram às urnas votar o referendo que decidiria a saída ou permanência do Reino Unido na União Europeia. A opção pela saída foi vitoriosa, com cerca de 17,4 milhões de votos. O anseio dos defensores dessa saída ficou caracterizado pela expressão Brexit, que é uma abreviação das palavras inglesas Britain (Bretanha) e Exit (Saída).
A vitória pela saída da Inglaterra da União Europeia também resultou no pedido de demissão do primeiro-ministro britânico DavidCameron, que advogava contra a saída. Foi Cameron que, ao ser eleito primeiro-ministro em 2015, fez a promessa de realizar o referendo como forma de lidar com a pressão de seus oposicionistas, isto é, do Partido Conservador inglês e do UKIP (United Kingdom Independence Party – Partido da Independência do Reino Unido).
Para compreender melhor que importância tem o Brexit no contexto internacional atual, é necessário entender como se formou a União Europeia e que relação ela teve com a Inglaterra.
Formação da União Europeia
A União Europeia é uma associação política e econômica de 28 países do continente europeu (27 agora, com a saída da Inglaterra) que surgiu em 1957, por meio do Tratado de Roma, sob a alcunha de Comunidade Econômica Europeia (CEE). Os objetivos mais óbvios da então CEE eram: integrar política e economicamente a Europa e evitar novas guerras (como as duas guerras mundiais) que derivassem da rivalidade nacionalista dos países europeus.
Além do Tratado de Roma, de 1957, que criou a CEE e instituiu o mercado comum europeu, a União Europeia foi sendo gradativamente articulada por outros tratados. Os principais foram: o Tratado de Maastricht, de 1992, que estabeleceu a união monetária e resultou na criação da moeda Euro; o Tratado de Amsterdã, de 1997, que instituiu a Política Estrangeira de Segurança Comum (PESC); a Constituição Europeia, de 18 de junho de 2004; e o Tratado de Lisboa, de 2007, assinado no dia 13 de dezembro, que reformou alguns pontos da Constituição Europeia.
Além disso, a União Europeia é também composta por quatro instituições políticas principais: o ParlamentoEuropeu, o TribunaldeJustiçadaUniãoEuropeia, a ComissãoEuropeia e o ConselhoEuropeu.
Ingresso da Inglaterra na UE
O ingresso do Reino Unido na CEE ocorreu em 1º de janeiro de 1973, mas mal isso ocorreu e já houve discussões intensas tanto entre a população quanto entre os políticos a respeito da perda da soberania nacional e da ameça de o Reino Unido ter que cobrir gastos irresponsáveis de outros membros da Comunidade. Esse impasse só foi resolvido com um referendo realizado em 5 de junho de 1975. Tal referendo ratificou a permanência do Reino Unido no bloco com 67,2% dos votos válidos.
O fato é que os ingleses, mesmo permanecendo no bloco, sempre foram reticentes com a estrutura supranacional da União Europeia. A recusa em integrar a “zona do Euro”, isto é, em submeter a moeda nacional, libra esterlina, à zona comum da moeda da UE, era um sintoma flagrante disso.
Opiniões pró e contra o Brexit
Com a aprovação da saída da União Europeia, um dos nomes de maior vulto será o do parlamentar Boris Johnson, ex-presidente da Câmara dos Lordes e chefe da campanha pró-Brexit. Johnson foi um dos parlamentares que mais criticaram as políticas da UE, acusando-as de invadir a vida particular dos cidadãos europeus e violar a soberania dos países-membros por meio do que ele qualificou como “super-Estado de Bruxelas” (Bruxelas, capital da Bélgica, é o centro de decisões da UE). Além de Johnson, Nigel Farage, líder do UKIP (United Kingdom Independence Party – Partido da Independência do Reino Unido) e defensor ferrenho das posições anti-imigração, também é uma das figuras que tendem a ter maior projeção no contexto político britânico daqui para frente.
Por outro lado, David Cameron, do Partido Trabalhista inglês, e líderes de países-membros da União Europeia, como a premiê da Alemanha, AngelaMerkel, lamentaram a saída do Reino Unido. Julgaram tal fato como extremamente prejudicial à integração da Europa e à situação dos imigrantes que vivem na Inglaterra.
Brexit no Enem e nos Vestibulares
O tema do Brexit pode ser explorado no Enem e em vestibulares sob enfoques diferentes. É possível que possa haver questões que deem maior relevância às consequências econômicas que a saída da Inglaterra provocará no mundo, em geral, e na Europa, em particular. A moeda inglesa, libra esterlina, tende a diminuir de valor e pode haver desemprego e redução da produção econômica da Inglaterra.
As consequências políticas também podem ser exploradas. É preciso ficar atento às propostas do possível novo primeiro-ministro inglês, BorisJonson, rival de David Cameron e ex-prefeito de Londres. Além disso, é preciso ficar atento também à possível adesão popular ao UKIP e às suas propostas anti-imigração. Pode haver desconforto diplomático entre a Inglaterra e a Irlanda, já que essa última permanece na UE, mas faz fronteira com a Irlanda do Norte, membro do Reino Unido. A fronteira entre Irlanda e Irlanda do Norte pode tornar-se um foco de disputa política.
O símbolo da reciclagem é formado por três setas, fazendo referência a um ciclo: a primeira seta representa a indústria, que fabrica um produto; a segunda faz menção ao consumidor, que consome este produto; a terceira seta representa o retorno do produto ao ciclo produtivo, revalorizado por meio da reciclagem.
A reciclagem é uma atividade econômica com muitos benefícios ambientais, mas para que ocorra com eficiência, é necessário que três etapas aconteçam:
Recuperação
As embalagens e resíduos que descartamos todos os dias precisam de um destino correto para que sejam tratados como matéria-prima na fabricação de novos produtos. É fundamental separar os resíduos sólidos dos orgânicos e dos sanitários. Dessa forma, os recicláveis não são contaminados e têm mais valor, viabilizando e barateando a reciclagem.
Pense um pouco: compramos, usamos e descartamos continuamente. Precisamos ter responsabilidade sobre os produtos que adquirimos e principalmente sobre o destino que damos a eles, para que retornem a esse nosso ciclo infinito de consumo.
Muitos recicladores são forçados a dispensar resíduos pós-consumo contaminados, dando preferência aos resíduos pós-industriais, porque estes não foram contaminados em um descarte incorreto, portanto aptos a ser reciclados, se transformando em um produto de qualidade.
Destinando corretamente para a coleta seletiva, todo o trabalho posterior é facilitado, pois a matéria-prima reciclável ainda precisa ser separada por tipo, por cor e por todos os critérios válidos para se manter a mais próxima possível da original. Após a triagem, os recicláveis ainda precisam ser prensados e enfardados para ocupar menos espaço e para que possam ser transportados.
Revalorização
Garrafas de plástico são moídas, voltando a ser grãos como a matéria-prima original do plástico. Papéis são triturados e misturados com água até se parecerem com pasta de celulose. Metais e vidros são derretidos, ficando prontos para fundição. A revalorização pode ser feita de muitas formas, de acordo com o material e a finalidade que se quer dar a ele.
São processos industriais, que precisam de muitas toneladas de matéria-prima para viabilizar economicamente máquinas, equipamentos e profissionais.
Transformação
Com os materiais prontos, é possível fabricar um novo produto, fechando o ciclo da reciclagem.
Então voltamos ao início
Como indivíduos, precisamos nos envolver na etapa que nos compete, que é a separação dos nossos resíduos para a coleta seletiva, procedimento fundamental para a obtenção de um produto reciclado tão bom quanto o original. Se fizermos a separação eficaz em casa, no nosso trabalho, em nossa comunidade, temos os seguintes benefícios:
– Uma quantidade menor de resíduos irá para aterros e lixões. Estes então terão seu tempo de vida aumentado;
– Resíduos descartados corretamente não contaminam o solo e as águas;
– Resíduos descartados corretamente ajudam na limpeza e higiene das cidades;
– A coleta seletiva adequada facilita o processo, barateando o custo dos reciclados;
– Reciclagem retarda a escassez de matérias-primas virgens;
– Reciclagem economiza energia elétrica;
– Reciclagem proporciona geração de riqueza;
– Reciclagem propicia a geração de inúmeros empregos
O Brasil tem o maior potencial em turismo de natureza do mundo, de acordo com estudo do Fórum Econômico Mundial. O país registrou, em 2014, um número recorde de turistas brasileiros e estrangeiros em seus parques nacionais. De acordo com balanço do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), só no ano passado, foram quase 7,3 milhões de visitantes às unidades de conservação federais, o que inclui os parques, as florestas, as reservas biológicas e as áreas de proteção, O número representa um crescimento de 13,9% em comparação a 2013. Apenas os parques nacionais receberam quase 6,6 milhões de turistas, 10,8% a mais do que no ano anterior.
O ranking das unidades mais visitadas é liderado pelo Parque Nacional da Tijuca, com 3,1 milhões, seguido pelo Parque Nacional do Iguaçu (1,5 milhão) e pelo Parque Nacional de Jericoacoara (400 mil). De acordo com Fábio de Jesus, coordenador-geral de Uso Público e Negócios do ICMBio, os números podem ser ainda maiores, pois, em muitas unidades de conservação, o controle de entrada de visitantes é parcial, de modo que muitos visitantes entram nas unidades sem ser contabilizados.
O Ministério do Turismo informou que o órgão prepara as cidades do entorno dos parques para lidar com o aumento de visitantes, investindo em qualificação profissional, e viabiliza recursos para a infraestrutura dos parques em parceria com o ICMBio. A fim de preparar o País para atender a essa demanda, o Ministério do Turismo considera a estruturação dos parques e o aumento das visitações como prioridade estratégica do Plano Nacional do Turismo (PNT).
A procura pelo turismo de natureza é uma tendência mundial. Segundo a Organização Mundial do Turismo, a expansão do segmento está entre 15% e 25% ao ano. Os Estados Unidos, por exemplo, registram mais de 282 milhões de pessoas nos 401 sítios administrados pelo National Park Service, órgão federal responsável pelos parques americanos. Eles geraram US$ 30 bilhões de receita e 252 mil empregos com a visitação desses parques.
BOM EXEMPLO
O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO) é um exemplo de como o investimento em infraestrutura pode impulsionar a visitação. O recorde de público foi no ano passado, 39 mil turistas, quase 10 mil a mais do que em 2013. O resultado deve-se, segundo Carla Guaitanele, chefe da unidade, a dois fatores: deixou de ser obrigatória a presença de guias acompanhando os turistas e foi concluída uma obra de asfaltamento da rodovia que leva à Vila de São Jorge, no município de Alto Paraíso (GO), porta de entrada para a Chapada.
Outro exemplo de parque que registrou recorde de visitação é o de Itatiaia, no Rio de Janeiro. Com localização privilegiada, próximo a grandes centros emissores de turistas, como São Paulo e Rio de Janeiro, e com fácil acesso por meio de rodovias, o Parque Nacional de Itatiaia recebeu 118 mil turistas em 2014.
REDAÇÃO, COM APOIO DE GUSTAVO HENRIQUE BRAGA/ASCOM
A globalização é um dos termos mais frequentemente empregados para descrever a atual conjuntura do sistema capitalista e sua consolidação no mundo. Na prática, ela é vista como a total ou parcial integração entre as diferentes localidades do planeta e a maior instrumentalização proporcionada pelos sistemas de comunicação e transporte.
Mas o que é globalização exatamente?
O conceito de globalização é dado por diferentes maneiras conforme os mais diversos autores em Geografia, Ciências Sociais, Economia, Filosofia e História que se pautaram em seu estudo. Em uma tentativa de síntese, podemos dizer que a globalização é entendida como a integração com maior intensidade das relações socioespaciais em escala mundial, instrumentalizada pela conexão entre as diferentes partes do globo terrestre.
Vale lembrar, no entanto, que esse conceito não se refere simplesmente a uma ocasião ou acontecimento, mas a um processo. Isso significa dizer que a principal característica da globalização é o fato de ela estar em constante evolução e transformação, de modo que a integração mundial por ela gerada é cada vez maior ao longo do tempo.
Há um século, por exemplo, a velocidade da comunicação entre diferentes partes do planeta até existia, porém ela era muito menos rápida e eficiente que a dos dias atuais, que, por sua vez, poderá ser considerada menos eficiente em comparação com as prováveis evoluções técnicas que ocorrerão nas próximas décadas. Podemos dizer, então, que o mundo encontra-se cada dia mais globalizado.
O avanço realizado nos sistemas de comunicação e transporte, responsável pelo avanço e consolidação da globalização atual, propiciou uma integração que aconteceu de tal forma que tornou comum a expressão “aldeia global”. O termo “aldeia” faz referência a algo pequeno, onde todas as coisas estão próximas umas das outras, o que remete à ideia de que a integração mundial no meio técnico-informacional tornou o planeta metaforicamente menor.
A origem da Globalização
Não existe um total consenso sobre qual é a origem do processo de globalização. O termo em si só veio a ser elaborado a partir da década de 1980, tendo uma maior difusão após a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria. No entanto, são muitos os autores que defendem que a globalização tenha se iniciado a partir da expansão marítimo-comercial europeia, no final do século XV e início do século XVI, momento no qual o sistema capitalista iniciou sua expansão pelo mundo.
De toda forma, como já dissemos, ela foi gradativamente apresentando evoluções, recebendo incrementos substanciais com as transformações tecnológicas proporcionadas pelas três revoluções industriais. Nesse caso, cabe um destaque especial para a última delas, também chamada de Revolução Técnico-Científica-Informacional, iniciada a partir de meados do século XX e que ainda se encontra em fase de ocorrência. Nesse processo, intensificaram-se os avanços técnicos no contexto dos sistemas de informação, com destaque para a difusão dos aparelhos eletrônicos e da internet, além de uma maior evolução nos meios de transporte.
Portanto, a título de síntese, podemos considerar que, se a globalização iniciou-se há cerca de cinco séculos aproximadamente, ela consolidou-se de forma mais elaborada e desenvolvida ao longo dos últimos 50 anos, a partir da segunda metade do século XX em diante.
Características da globalização / aspectos positivos e negativos
Uma das características da globalização é o fato de ela se manifestar nos mais diversos campos que sustentam e compõem a sociedade: cultura, espaço geográfico, educação, política, direitos humanos, saúde e, principalmente, a economia. Dessa forma, quando uma prática cultural chinesa é vivenciada nos Estados Unidos ou quando uma manifestação tradicional africana é revivida no Brasil, temos a evidência de como as sociedades integram suas culturas, influenciando-se mutuamente.
Existem muitos autores que apontam os problemas e os aspectos negativos da globalização, embora existam muitas polêmicas e discordâncias no cerne desse debate. De toda forma, considera-se que o principal entre os problemas da globalização é uma eventual desigualdade social por ela proporcionada, em que o poder e a renda encontram-se em maior parte concentrados nas mãos de uma minoria, o que atrela a questão às contradições do capitalismo.
Além disso, acusa-se a globalização de proporcionar uma desigual forma de comunicação entre os diferentes territórios, em que culturas, valores morais, princípios educacionais e outros são reproduzidos obedecendo a uma ideologia dominante. Nesse sentido, forma-se, segundo essas opiniões, uma hegemonia em que os principais centros de poder exercem um controle ou uma maior influência sobre as regiões economicamente menos favorecidas, obliterando, assim, suas matrizes tradicionais.
Entre os aspectos positivos da globalização, é comum citar os avanços proporcionados pela evolução dos meios tecnológicos, bem como a maior difusão de conhecimento. Assim, por exemplo, se a cura para uma doença grave é descoberta no Japão, ela é rapidamente difundida (a depender do contexto social e econômico) para as diferentes partes do planeta. Outros pontos considerados vantajosos da globalização é a maior difusão comercial e também de investimentos, entre diversos outros fatores.
É claro que o que pode ser considerado como vantagem ou desvantagem da globalização depende da abordagem realizada e também, de certa forma, da ideologia empregada em sua análise. Não é objetivo, portanto, deste texto entrar no mérito da discussão em dizer se esse processo é benéfico ou prejudicial para a sociedade e para o planeta.
Efeitos da Globalização
Existem vários elementos que podem ser considerados como consequências da globalização no mundo. Uma das evidências mais emblemáticas é a configuração do espaço geográfico internacional em redes, sejam elas de transporte, de comunicação, de cidades, de trocas comerciais ou de capitais especulativos. Elas formam-se por pontos fixos – sendo algumas mais preponderantes que outras – e pelos fluxos desenvolvidos entre esses diferentes pontos.
Outro aspecto que merece destaque é a expansão das empresas multinacionais, também chamadas de transnacionais ou empresas globais. Muitas delas abandonam seus países de origem ou, simplesmente, expandem suas atividades em direção aos mais diversos locais em busca de um maior mercado consumidor, de isenção de impostos, de evitar tarifas alfandegárias e de angariar um menor custo com mão de obra e matérias-primas. O processo de expansão dessas empresas globais e suas indústrias reverberou no avanço da industrialização e da urbanização em diversos países subdesenvolvidos e emergentes, incluindo o Brasil.
Outra dinâmica propiciada pelo avanço da globalização é a formação dos acordos regionais ou dos blocos econômicos. Embora essa ocorrência possa ser inicialmente considerada como um entrave à globalização, pois acordos regionais poderiam impedir uma global interação econômica, ela é fundamental no sentido de permitir uma maior troca comercial entre os diferentes países e também propiciar ações conjunturais em grupos.
Por fim, cabe ressaltar que o avanço da globalização culminou também na expansão e consolidação do sistema capitalista, além de permitir sua rápida transformação. Assim, com a maior integração mundial, o sistema liberal – ou neoliberal – ampliou-se consideravelmente na maior parte das políticas econômicas nacionais, difundindo-se a ideia de que o Estado deve apresentar uma mínima intervenção na economia.
A globalização é, portanto, um tema complexo, com incontáveis aspectos e características. Sua manifestação não pode ser considerada linear, de forma a ser mais ou menos intensa a depender da região onde ela se estabelece, ganhando novos contornos e características. Podemos dizer, assim, que o mundo vive uma ampla e caótica inter-relação entre o local e o global.
Embaixo de uma trovoada, a corrente de ar descendente talvez se localize assim que ela toca o solo e espalha-se horizontalmente em uma explosão de vento radial. Como por exemplo, semelhante a água correndo da torneira e atingindo a pia abaixo. Estas correntes de ar descendentes chamam-se micro-explosões quando os ventos estendem-se sòmente 4 quilômetros ou menos que isto. Apesar de ser bem pequeno, uma micro-explosão intensa pode induzir ventos devastadores que atingem 146 nós (270km/h).
A formação de uma frente de rajada acontece quando a micro-explosão atinge o solo e continua como um afluxo em expansão. Por isso, uma micro-explosão pode se desenvolver em uma frente de rajada.
Micro-explosões são capazes de arrancar árvores e danificar severamente estruturas fracas. Também, micro-explosões podem ser responsáveis por alguns danos que muitas vezes eram atribuidos aos tornados. Micro-explosões e seus acompanhantes cisalhamento de vento (mundanças rápidas em velocidade ou direção de vento) podem ser responsáveis por inúmeros acidentes de aeronaves. Quando uma aeronave voa através de uma micro-explosão, ela primeiro encontra um vento de frente que gera uma elevação extra. Contudo, em segundos o vento de frente é substituído por um vento de traseira que causa uma perda repentina de elevação na aeronave e subsequentemente uma queda na atuação da mesma. Em Abril de 1985, uma micro-explosão causou um acidente no aeroporto regional de Dallas-Forth Worth nos Estados Unidos. Assim que a aeronave chegava à aproximação final, encontrou uma severa tesoura de vento debaixo de uma trovoada pequena, porém, intensa. Então a aeronave caiu e explodiu numa bola de fogo. Mais de cem passageiros pereceram.
Micro-explosões podem ser associadas com trovoadas severas, produzindo ventos fortes causando muitos danos. Estudos mostram que micro-explosões também ocorrem com nuvens e trovoadas que produzem sòmente chuvas isoladas. Estas nuvens podem ou não conter trovões e raios.
Os rios voadores são “cursos de água atmosféricos”, formados por massas de ar carregadas de vapor de água, muitas vezes acompanhados por nuvens, e são propelidos pelos ventos. Essas correntes de ar invisíveis passam em cima das nossas cabeças carregando umidade da Bacia Amazônica para o Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.
Essa umidade, nas condições meteorológicas propícias como uma frente fria vinda do sul, por exemplo, se transforma em chuva. É essa ação de transporte de enormes quantidades de vapor de água pelas correntes aéreas que recebe o nome de rios voadores – um termo que descreve perfeitamente, mas em termos poéticos, um fenômeno real que tem um impacto significante em nossas vidas.
A floresta amazônica funciona como uma bomba d’água. Ela puxa para dentro do continente a umidade evaporada pelo oceano Atlântico e carregada pelos ventos alíseos. Ao seguir terra adentro, a umidade cai como chuva sobre a floresta. Pela ação da evapotranspiração da árvores sob o sol tropical, a floresta devolve a água da chuva para a atmosfera na forma de vapor de água. Dessa forma, o ar é sempre recarregado com mais umidade, que continua sendo transportada rumo ao oeste para cair novamente como chuva mais adiante.
Propelidos em direção ao oeste, os rios voadores (massas de ar) recarregados de umidade – boa parte dela proveniente da evapotranspiração da floresta – encontram a barreira natural formada pela Cordilheira dos Andes. Eles se precipitam parcialmente nas encostas leste da cadeia de montanhas, formando as cabeceiras dos rios amazônicos. Porém, barrados pelo paredão de 4.000 metros de altura, os rios voadores, ainda transportando vapor de água, fazem a curva e partem em direção ao sul, rumo às regiões do Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil e aos países vizinhos.
É assim que o regime de chuva e o clima do Brasil se deve muito a um acidente geográfico localizado fora do país! A chuva, claro, é de suma importância para nossa vida, nosso bem-estar e para a economia do país. Ela irriga as lavouras, enche os rios terrestres e as represas que fornecem nossa energia.
Por incrível que pareça, a quantidade de vapor de água evaporada pelas árvores da floresta amazônica pode ter a mesma ordem de grandeza, ou mais, que a vazão do rio Amazonas (200.000 m3/s), tudo isso graças aos serviços prestados da floresta.
Estudos promovidos pelo INPA já mostraram que uma árvore com copa de 10 metros de diâmetro é capaz de bombear para a atmosfera mais de 300 litros de água, em forma de vapor, em um único dia – ou seja, mais que o dobro da água que um brasileiro usa diariamente! Uma árvore maior, com copa de 20 metros de diâmetro, por exemplo, pode evapotranspirar bem mais de 1.000 litros por dia. Estima-se que haja 600 bilhões de árvores na Amazônia: imagine então quanta água a floresta toda está bombeando a cada 24 horas!
Todas as previsões indicam alterações importantes no clima da América do Sul em decorrência da substituição de florestas por agricultura ou pastos. Ao avançar cada vez mais por dentro da floresta, o agronegócio pode dar um tiro no próprio pé com a eventual perda de chuva imprescindível para as plantações.
O Brasil tem uma posição privilegiada no que diz respeito aos recursos hídricos. Porém, com o aquecimento global e as mudanças climáticas que ameaçam alterar regimes de chuva em escala mundial, é hora de analisarmos melhor os serviços ambientais prestados pela floresta amazônica antes que seja tarde demais.
Falésia:
Forma costeira abrupta esculpida por processos erosivos marinhos de alta
energia. Ocorre no limite entre as formas continentais e a praia atual, em
trechos de costas altas.
Restinga:
Feição linear subparalela à linha de praia, formada pelo acúmulo de sedimentos
decorrente da ação de processos marinhos. Ocorre nas planícies litorâneas que
possam fornecer sedimentos arenosos.
As formas
de relevo descritas são identificadas, respectivamente, nas representações
a)
b)
c)
d)
e)
(Enem 2013) Disneylândia
Multinacionais japonesas instalam empresas em Honk-Kong E produzem com matéria-prima brasileira Para competir no mercado americano [...] Pilhas americanas alimentam eletrodomésticos ingleses na Nova Guiné Gasolina árabe alimenta automóveis americanos na África do Sul [...] Crianças iraquianas fugidas da guerra Não obtêm visto no consulado americano do Egito Para entrarem na Disneylândia.
Na canção, ressalta-se a coexistência, no contexto internacional atual, das seguintes situações:
a) Acirramento do controle alfandegário e estímulo ao capital especulativo. b) Ampliação das trocas econômicas e seletividade dos fluxos populacionais.
c) Intensificação do controle informacional e adoção de barreiras fitossanitárias.
d) Aumento da circulação mercantil e desregulamentação do sistema financeiro.
e) Expansão do protecionismo comercial e descaracterização de identidades nacionais. Comentário:
O texto apresentado refere-se ao processo atual da globalização, que apresenta a ampliação das trocas econômicas e a seletividade dos fluxos populacionais.
Geekie,
2014
Texto I
Disputa
no Mar da China aumenta tensão na Ásia
A região
do Mar do Sul da China, onde se encontram as ilhas Spratly, Paracel e
Scarborough Shoal, é disputada por sete países, e incidentes diplomáticos têm
elevado a tensão na área.
A área em
questão, no Mar do Sul da China, se estende por mais de 410 mil quilômetros
quadrados e tem sua soberania disputada em diferentes trechos por China,
Taiwan, Filipinas, Vietnã, Malásia, Indonésia e Brunei.
De acordo
com a regulação internacional adotada pela ONU em 1982, UNCLOS, cada país tem
uma área de 200 milhas náuticas de exclusividade econômica frente à costa, mas,
por causa da proximidade entre eles, muitas vezes os limites se sobrepõem,
causando disputas.
WENTZEL,
M. Disputa no Mar da China aumenta tensão na Ásia. BBC. Disponível
em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 8 nov. 2014.
Texto II
Mapa das
reivindicações territoriais no Mar do Sul da China
Q&A: South China Sea dispute. BBC. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 8
nov. 2014 (adaptado).
Considerando-se
as Zonas Econômicas Exclusivas, percebem-se controvérsias nas disputas
territoriais entre
a) Filipinas e China, ao
reivindicarem soberania sobre as ilhas Paracel.
b) Malásia e Vietnã, ao
reivindicarem soberania sobre Scarborough Shoal.
c) Brunei e Indonésia, ao
reivindicarem soberania sobre as ilhas Spratly.
d) Vietnã e Filipinas, ao
reivindicarem soberania sobre Scarborough Shoal.
e) China e Vietnã, ao reivindicarem
soberania sobre as ilhas Paracel.
Comentário:
A China acendeu alarmes na região quando uma petrolífera estatal posicionou uma plataforma exploratória mais ao norte no mar do Sul da China, ao lado das disputadas ilhas Paracel, perto do Vietnã. A plataforma suscitou desentendimentos diplomáticos e violentos protestos contra a China no Vietnã.
ENEM,
2013
Vida
social sem internet?
A charge
revela uma crítica aos meios de comunicação, em especial à internet, porque
a) questiona a integração das
pessoas nas redes virtuais de relacionamento.
b) considera as relações sociais
como menos importantes que as virtuais.
c) enaltece a pretensão do homem
de estar em todos os lugares ao mesmo tempo.
d) descreve com precisão as
sociedades humanas no mundo globalizado.
e) concebe a rede de computadores
como o espaço mais eficaz para a construção de relações sociais.
Comentário:
Devido ao uso das redes sociais, muitas pessoas acabam deixando suas interações sociais do “mundo real” em segundo plano, pois a internet acaba promovendo conexão com um número maior de pessoas em tempo real e que estão em diferentes locais do planeta.
Enem - 2010
Observe a figura e responda a questão:
Muitos processos erosivos se concentram nas encostas, principalmente aqueles motivados pela água e pelo vento. No entanto, os reflexos também são sentidos nas áreas de baixada, onde geralmente há ocupação urbana.
Um exemplo desses reflexos na vida cotidiana de muitas cidades brasileiras é
Muitos
processos erosivos se concentram nas encostas, principalmente aqueles motivados
pela água e pelo vento. No entanto, os reflexos também são sentidos nas áreas
de baixada, onde geralmente há ocupação urbana. Um exemplo desses reflexos na
vida cotidiana de muitas cidades brasileiras é
a) a maior ocorrência de
enchentes, já que os rios assoreados comportam menos água em seus leitos.
b) a contaminação da população
pelos sedimentos trazidos pelo rio e carregados de matéria orgânica.
c) o desgaste do solo nas áreas
urbanas, causado pela redução do escoamento superficial pluvial na encosta.
d) a maior facilidade de captação
de água potável para o abastecimento público, já que é maior o efeito do
escoamento sobre a infiltração.
e) o aumento da incidência de
doenças como a amebíase na população urbana, em decorrência do escoamento de
água poluída do topo das encostas.
Comentário:
Com a erosão pluvial das encostas devido, principalmente, ao processo de desmatamento, as áreas rebaixadas ao entorno sofrem as consequências. Quando há chuvas intensas, os sedimentos erodidos das encostas são levados para os rios nas partes mais baixas do relevo, assoreando esses rios, que acabam não comportando o volume de água adequado em seu leito.
Geekie, 2014
Em julho de 1944, nos Estados Unidos, representantes de 44 países reuniram-se para desenhar o panorama econômico mundial. Num cenário de fim de guerra e reconstrução posterior, procuram-se soluções para a falta de pagamentos internacionais e que mantivessem a dinâmica relação produção-consumo. Após diversas propostas, aprovaram o acordo de Bretton Woods, que introduzia as seguintes modificações: a) aceitação do dólar como moeda internacional e conversível em ouro (a libra esterlina foi usada por pouco tempo); b) conversibilidade das moedas nacionais entre si, a partir de uma paridade fixada em ouro ou em dólares; c) criação de instituições que sustentassem os acordos como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento, mais conhecido como Banco Mundial.
SERRA PADRÓS, E. Capitalismo, prosperidade e Estado de bem-estar social. In: REIS FILHO, D. A.; FERREIRA, J.; ZENHA, C. (Org.). O século XX: o tempo das crises. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000 (adaptado).
Estabelecida pelo acordo descrito, a reorganização da economia mundial teve como objetivos
a) evitar a repetição de crises e liberalizar o comércio. b) promover a acumulação de metais e ampliar o crédito. c) conter a expansão do socialismo e derrotar o fascismo. d) estimular a atividade industrial e mecanizar a agricultura. e) anistiar a dívida dos governos e combater o protecionismo.
Enem 2012
Na charge
faz-se referência a uma modificação produtiva ocorrida na agricultura. Uma
contradição presente no espaço rural brasileiro derivada dessa modificação
produtiva está presente em:
a) Expansão das terras
agricultáveis, com manutenção de desigualdades sociais.
b) Modernização técnica do
território, com redução do nível de emprego formal.
c) Valorização de atividades de
subsistência, com redução da produtividade da terra.
d) Desenvolvimento de núcleos
policultores, com ampliação da concentração fundiária.
e) Melhora da qualidade dos
produtos, com retração na exportação de produtos primários.
Comentário:
O Brasil apresenta uma grande contradição no seu espaço agrário. Enquanto ano após ano as safras batem recordes de produção, ainda há uma grande parcela da população com subnutrição. Os avanços na biotecnologia ajudaram na expansão das terras agricultáveis, mas não apagaram os problemas de desigualdade social no campo.
Brics é uma sigla que se refere a Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que se destacaram no cenário mundial pelo rápido crescimento das suas economias em desenvolvimento. O acrônimo foi cunhado e proeminentemente usado pelo economista Jim O'Neill, chefe de pesquisa em economia global do grupo financeiro Goldman Sachs, em 2001.
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, estes países não compõem um bloco econômico, apenas compartilham de uma situação econômica com índices de desenvolvimento e situações econômicas parecidas. Em Dezembro de 2010, a Bric convidou formalmente a África do Sul para se unir ao grupo. O convite foi feito por Yang Jiechi, que ocupa a Presidência rotatória do grupo. E a sigla ganhou um S, para África do Sul.
O crescimento dos Brics
O processo de desenvolvimento econômico dos Brics é crescente, e já vem influenciando algumas decisões mundiais como na reunião da OMC em 2005, quando os países em desenvolvimento, liderados por Brasil e Índia, juntaram-se aos países subdesenvolvidos para impor a retirada dos subsídios governamentais pela União Europeia e pelos Estados Unidos, e a redução das tarifas de importação.
Além disso, muito mais que possibilidades de crescimento, os Brics são vistos como um grupo com potencial para "mudar o mundo", seja pelas ameaças ou oportunidades que representam do ponto de vista econômico, social e político.
Muitas agências e analistas internacionais já estão de olho nos Brics , e começam a sugerir que os investidores prestem mais atenção às oportunidades apresentadas por estes países. Investimentos nas áreas produtivas e nas perspectivas atuais e futuras de seus mercados consumidores. Pois em termos demográficos, temos os dois países mais populosos do planeta e os outros dois de populações consideráveis. A China representa, sozinha, mais de um quinto da população mundial, seguida de perto pela Índia (17,5%) e, bem mais longe, pelo Brasil (2,9%) e pela Rússia (2,2%).
Segundo a análise da Goldman Sachs, uma vez que estão em rápido desenvolvimento, supõem-se que em 2050, o conjunto das economias dos Brics possa fazer sombra ao conjunto das economias dos países mais ricos do mundo atual. Afinal os quatro países juntos representam, atualmente, mais de um quarto da área terrestre do planeta, sendo 17 milhões de km2 da Rússia, 3,2 milhões de km2 da Índia, passando pelos 9,3 milhões de km2 da China e pelos 8,5 milhões de km2 do Brasil; além de 40% da população mundial.
O Goldman Sachs diz que os BRICs não se organizam em um bloco econômico ou uma associação de comércio formal, como ocorre no caso da União Europeia. Mas ele aponta fortes indícios de que "os quatro países do Bric têm procurado formar um "clube político" ou uma "aliança", e assim estão convertendo "seu crescente poder econômico em uma maior influência geopolítica." Em 16 de junho de 2009, os líderes dos países do Bric realizaram sua primeira reunião, em Ecaterimburgo, Rússia, e redigiram uma declaração pedindo pelo estabelecimento de uma ordem mundial multipolar.
Trajetória dos Brics
Nos últimos dois séculos a trajetória dos Brics foi desigual. Suas relações recíprocas nos últimos 50 anos foram laterais, podendo ser considerada uma exceção, a Rússia e a China, pois durante a fase da construção do socialismo em território chinês, as relações se estreitaram. Enquanto que no cenário da economia mundial dos últimos 20 anos, os Brics interagiram pouco, enquanto que entre os países do grupo houve uma maior interação.
Também devemos salientar que existem muitas diferenças entre os Brics . Podemos citar o exemplo da Rússia, Índia e China que são grandes potências militares, e sempre engajados em termos armamentistas. Bem diferente do Brasil, que nunca seguiu essa linha. Já a África do Sul teve um programa nuclear na década de 70, mas desmantelou o programa em 1991, após assinar Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares.
Além disso dois membros do Brics, Rússia e China, são membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Enquanto que os outros dois membros, Brasil e Índia, integram as Nações G4, cujo objetivo é ter um lugar permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. A África do Sul foi um membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas entre 2007 e 2008, e gerou polêmica ao votar contra uma resolução criticando o governo de Myanmar em 2006 e contra a aplicação de sanções contra o Zimbabué, em 2008. Os Brics também diferem entre si, em outros quesitos como recursos naturais, graus de industrialização e capacidade de impacto na economia mundial.