terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Mulheres são 70% das vítimas de tráfico de pessoas em todo o mundo



 Uma em cada três vítimas de tráfico de pessoas é criança, e duas delas são meninas. Do conjunto de vítimas desse tipo de crime, praticado em pelo menos 152 países de origem e 124 países de destino, 70% são mulheres. Até o momento, foram identificados mais de 510 fluxos de tráfico ao redor do planeta, revela o Relatório Global 2014 sobre Tráfico de Pessoas, divulgado [...] pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). 

De acordo com o relatório, o tráfico de crianças aumentou 5% na comparação com o período entre 2007 e 2010. Em algumas regiões, como África e Oriente Médio, as crianças são as maiores vítimas do tráfico de pessoas. No continente africano e no Oriente Médio, elas representam 62% das vítimas de tal tipo de crime. 

O tráfico para trabalhos forçados, que abrange, entre outros, setores como o industrial, o de trabalho doméstico e a produção têxtil, tem "aumentado continuamente" nos últimos cinco anos. Nesse grupo, as mulheres correspondem a 35% das vítimas. 

Segundo o documento do UNODC, os motivos para o tráfico de pessoas variam por região. Na Europa e na Ásia central, a maioria das vítimas é traficada para exploração sexual, enquanto na Ásia ocidental e no Pacifico a motivação é a prestação de trabalho forçado. No caso das Américas, foram detectados casos de exploração sexual e de trabalho forçado em igual medida. 

Apesar de a maioria dos fluxos ser inter-regional, 60% das vítimas cruzaram pelo menos uma fronteira nacional. Outra constatação do relatório é que 72% dos traficantes condenados são homens com origem no país onde praticaram os crimes. No entanto, ressalta o UNODC, a impunidade continua sendo um “problema sério”, uma vez que 40% dos países registraram “apenas alguma ou nenhuma condenação”, não havendo, ao longo dos últimos dez anos, “aumento perceptível” na resposta da Justiça global a essa prática criminosa. 

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AGÊNCIA BRASIL. Disponível em: . Acesso: em 4 abr. 2016



Mudança climática fará com que países inteiros desapareçam

 


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A mudança climática já está provocando efeitos em todos os continentes e em todos os oceanos, segundo relatório apresentado em 31 de março [de 2014] por cientistas reunidos em Yokohama, no Japão. Eles alertaram que o problema tende a piorar substancialmente, a menos que as emissões de gases de efeito estufa sejam controladas. 

O Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, grupo das Nações Unidas, concluiu que as calotas polares estão derretendo, o gelo marinho no Ártico está em colapso, o abastecimento de água está sobrecarregado, ondas de calor e chuvas fortes estão se intensificando, os recifes de corais estão morrendo e os peixes e muitas outras criaturas estão migrando para os polos ou sendo extintos. 

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No topo da pauta está a previsão de que o nível global do mar pode subir até um metro neste século. Tal aumento será desigual por causa dos efeitos gravitacionais e da intervenção humana, de modo que prever o seu resultado em qualquer lugar é difícil. Mas nações insulares, como Maldivas, Kiribati e Fiji, podem perder grande parte do seu território, e milhões de bengaleses terão que ser deslocados. “Há muitos lugares no mundo sob risco de elevação do nível do mar, mas Bangladesh está no topo da lista”, disse Rafael Reuveny, professor na Universidade de Indiana, em Bloomington. 

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HARRIS, Gardiner. Ambiente. The New York Times. Disponível em: . Acesso em: 30 out. 2015

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Cachoeira Reversa - Índia

 Cachoeira Reversa, em Nani Ghat, Pune, Maharashtra. Índia.

Cachoeira reversa é um fenômeno no qual a água é soprada para cima devido ao vento forte nas cachoeiras, dando uma percepção aparente da água fluindo para cima. Um forte sopro de vento acima de cerca de 75 km / h pode causar tais fenômenos.
Espetacular.


Islândia - Movimento divergente das placas tectônicas

 Visão aérea do Parque Nacional Thingvellir, onde a Islândia se dividiu em duas placas literalmente.


A separação das placas divergentes da Eurásiana e o Norte Américana na Islândia.


Fonte: Mapas&Geografia


Zelândia - Um continente submerso

 Zelândia, considerada pelos geólogos como um enorme continente submerso.

A Nova Zelândia e a Nova Caledônia não são ilhas, mas partes deste continente que se separou da Austrália entre 65-80 milhões de anos atrás e da Antártica, há 130 milhões de anos atrás.
Apenas 6% dela está acima do nível do mar.


Fonte: Mapas&Geogafia


Cientistas vão perfurar vulcão na Islândia para instalação de observatório subterrâneo de magma

 Uma equipe de pesquisadores internacionais se prepara para perfurar o coração do vulcão Krafla, no norte da Islândia, para criar o primeiro observatório subterrâneo de magma do mundo. Com sua grande cratera de água turquesa, nuvens de fumaça e intenso borbulhamento de lama e gases, a estrutura geológica é uma das mais impressionantes maravilhas naturais do planeta.

Lançado em 2014 e com a primeira perfuração prevista para começar em 2024, o projeto de US$100 milhões envolve cientistas e engenheiros de 38 institutos de pesquisa e empresas em 11 países, incluindo os EUA, Grã-Bretanha e França.

De acordo com a agência de notícias AFP, a equipe do “Krafla Magma Testbed” (KMT) – algo como “Bancada de testes de Magma do Krafla” –  espera perfurar até 2 km de rocha para alcançar uma camada desconhecida do vulcão. Ao contrário da lava expelida acima do solo, a substância derretida sob a superfície ainda é um mistério.

KMT será crucial para previsão de erupções e cálculos de risco

Segundo Paolo Papale, vulcanologista do Instituto Nacional Italiano de Geofísica e Vulcanologia (INGV), o KMT é o primeiro observatório de magma do mundo. “Nunca observamos magma subterrâneo, além de encontros fortuitos durante a perfuração em vulcões no Havaí e no Quênia, e no próprio Krafla, em 2009”, revelou.

Os cientistas esperam que o projeto proporcione avanços na ciência básica e na chamada “energia geotérmica de rocha superquente”. Eles também esperam obter mais conhecimento sobre previsões e riscos do vulcão.

“Saber onde o magma está localizado é vital para estarmos preparados para uma erupção. Sem isso, somos quase cegos”, diz Papale.

Em 2009, uma broca atingiu um bolsão de magma de 900ºC por acaso, a uma profundidade de 2,1 quilômetros no vulcão Krafla. Imagem: AFP

Como muitos avanços científicos, o observatório de magma é resultado de uma descoberta inesperada. Em 2009, quando engenheiros estavam expandindo a usina geotérmica de Krafla, uma broca atingiu um bolsão de magma de 900ºC por acaso, a uma profundidade de 2,1 quilômetros.

Segundo consta, muita fumaça subiu do poço, e a lava fluiu nove metros acima, danificando o material de perfuração. Mas, não houve erupção e ninguém ficou ferido. Os vulcanologistas perceberam que estavam ao alcance de uma bolsa de magma estimada em cerca de 500 milhões de metros cúbicos.

Eles disseram que ficaram surpresos ao encontrar magma tão raso, já que esperavam ser necessário perfurar a uma profundidade de, pelo menos, 4,5 quilômetros até que isso ocorresse.

 

Estudos subsequentemente mostraram que o magma detectado tinha propriedades semelhantes às de uma erupção de 1724, o que significa que tinha pelo menos 300 anos de idade. “Essa descoberta tem o potencial de ser um grande avanço em nossa capacidade de compreender muitas coisas diferentes, que vão desde a origem dos continentes até a dinâmica dos vulcões e sistemas geotérmicos”, afirma Papale.

Perfuração de vulcões é algo desafiador

A descoberta casual também foi importante para a Landsvirkjun, a agência nacional de eletricidade que administra o local. Tão perto do magma líquido, a rocha atinge temperaturas tão extremas que os fluidos são “supercríticos“, um estado intermediário entre o líquido e o gasoso.

Segundo a Landsvirkjun, a energia lá produzida é de cinco a 10 vezes mais poderosa do que em um poço convencional. Durante o incidente, o vapor que subiu à superfície era de 450ºC, a maior temperatura de vapor de um vulcão já registrada.

Dois poços supercríticos seriam suficientes para gerar a capacidade de 60 megawatts da usina, atualmente atendida por 18 poços. “Esperamos que o projeto KMT leve a novas tecnologias para perfurar mais profundamente e aproveitar essa energia que não podíamos fazer antes”, disse o chefe de operações geotérmicas e gerente de recursos da Landsvirkjun, Vordis Eiriksdottir.

No entanto, perfurar em um ambiente tão extremo é algo tecnicamente desafiador. “Os materiais precisam ser capazes de resistir à corrosão causada pelo vapor superaquecido, e a possibilidade de que a operação venha a desencadear uma erupção vulcânica é algo que naturalmente nos preocupa”, declarou John Eichelberger, geofísico da Universidade do Alasca em Fairbanks e um dos fundadores do projeto KMT.

“Mas, isso é cutucar um elefante com uma agulha”, disse Eichelberger. “No total, uma dúzia de perfurações atingiu o magma em três lugares diferentes do mundo e nada de ruim aconteceu”.

Fonte: Olhar Digital