sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Chuva ácida


Entre os vários problemas ambientais consequentes da Revolução Industrial está a chuva ácida. A chuva contém um pequeno grau natural de acidez, que por sua vez, não agride o meio ambiente. No entanto, esse processo é intensificado em virtude do grande lançamento de gases poluentes na atmosfera, fenômeno esse, que ocorre principalmente nas cidades industrializadas, com grande quantidade de veículos automotores e em locais onde estão instaladas usinas termoelétricas. Entretanto, em função das correntes atmosféricas, as chuvas ácidas podem ser desencadeadas em locais distantes de onde os poluentes foram emitidos.

Os óxidos de nitrogênio (NOx), dióxido de carbono (CO2) e o dióxido de enxofre (SO2) (liberados na atmosfera pela queima de combustíveis fósseis) em reação com as partículas de água que formam as nuvens, tem como resultado o ácido nítrico (HNO3) e o ácido sulfúrico (H2SO4), que depois se precipitam em forma de chuva, neve ou neblina, caracterizando as chuvas ácidas.


As chuvas ácidas prejudicam as lavouras, altera os ecossistemas aquáticos, contribui para a destruição de florestas, danifica edifícios, corroí monumentos históricos, contamina a água potável, e sobretudo, prejudica a saúde humana.



As maiores ocorrências de chuvas ácidas até os anos 1990, era nos Estados Unidos. No entanto, os países asiáticos – principalmente China, Índia, Tailândia e Japão – superaram os EUA. Essas nações asiáticas lançam na atmosfera, cerca de 34 milhões de toneladas de dióxido de enxofre (SO2) ao ano, pois elas são extremamente dependentes do carvão para o desenvolvimento das atividades industriais.

As regiões mais afetadas pela chuva ácida são a Europa, a América do Norte e alguns países asiáticos. No Brasil, esse fenômeno ocorre com mais intensidade nas cidades com grande concentração industrial (São Paulo, Cubatão, Rio de Janeiro).


O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) estima que cerca de 35% dos ecossistemas europeus se encontram degradados pelas chuvas ácidas. Entre as principais medidas para a redução desse fenômeno, figura-se o uso de fontes energéticas limpas, como por exemplo, a energia solar e a energia eólica.

Vegetação brasileira - Cerrado

          

         É a segunda maior formação vegetal brasileira. Estendia-se originalmente por uma área de 2 milhões de km², abrangendo dez estados do Brasil Central. Hoje, restam apenas 20% desse total. Típico de regiões tropicais, o cerrado apresenta duas estações bem marcadas: inverno seco e verão chuvoso. Com solo de savana tropical, deficiente em nutrientes e rico em ferro e alumínio, abriga plantas de aparência seca, entre arbustos esparsos e gramíneas, e o cerradão, um tipo mais denso de vegetação, de formação florestal. A presença de três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Tocantins-Araguaia, São Francisco e Prata) na região favorece sua biodiversidade . 


          Estima-se que 10 mil espécies de vegetais, 837 de aves e 161 de mamíferos vivam ali. Essa riqueza biológica, porém, é seriamente afetada pela caça e pelo comércio ilegal. O cerrado é o sistema ambiental brasileiro que mais sofreu alteração com a ocupação humana. Atualmente, vivem ali cerca de 20 milhões de pessoas. Essa população é majoritariamente urbana e enfrenta problemas como desemprego, falta de habitação e poluição, entre outros. A atividade garimpeira, por exemplo, intensa na região, contaminou os rios de mercúrio e contribuiu para seu assoreamento. A mineração favoreceu o desgaste e a erosão dos solos. Na economia, também se destaca a agricultura mecanizada de soja, milho e algodão, que começa a se expandir principalmente a partir da década de 80. Nos últimos 30 anos, a pecuária extensiva, as monoculturas e a abertura de estradas destruíram boa parte do cerrado. Hoje, menos de 2% está protegido em parques ou reservas.

          Pequenas árvores de troncos torcidos e recurvados e de folhas grossas, esparsas em meio a uma vegetação rala e rasteira, misturando-se, às vezes, com campos limpos ou matas de árvores não muito altas – esses são os Cerrados, uma extensa área de cerca de 200 milhões de hectares, equivalente, em tamanho, a toda a Europa Ocidental. A paisagem é agressiva, e por isso, durante muito tempo, foi considerada uma área perdida para a economia do país.Resultado de imagem para cerrado brasileiro



          Os Cerrados apresentam relevos variados, embora predominem os amplos planaltos. Metade do Cerrado situa-se entre 300 e 600m acima do nível do mar, e apenas 5,5% atingem uma altitude acima de 900m. Em pelo menos 2/3 da região o inverno é demarcado por um período de seca que prolonga-se por cinco a seis meses. Seu solo esconde um grande manancial de água, que alimenta seus rios.

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Entre as espécies vegetais que caracterizam o Cerrado estão o barbatimão, o pau-santo, a gabiroba, o pequizeiro, o araçá, a sucupira, o pau-terra, a catuaba e o indaiá. Debaixo dessas árvores crescem diferentes tipos de capim, como o capim-flecha, que pode atingir uma altura de 2,5m. Onde corre um rio ou córrego, encontram-se as matas ciliares, ou matas de galeria, que são densas florestas estreitas, de árvores maiores, que margeiam os cursos d’água. Nos brejos, próximos às nascentes de água, o buriti domina a paisagem e forma as veredas de buriti.



A presença humana na região data de pelo menos 12 mil anos, com o aparecimento de grupos de caçadores e coletores de frutos e outros alimentos naturais. Só recentemente, há cerca de 40 anos, é que começou a ser mais densamente povoada.

http://www.portalbrasil.net/cerrado.htm


domingo, 8 de janeiro de 2017

Até 2030 energia eólica será capaz de suprir 20% da demanda mundial

Em cerca de 15 anos está previsto a criação de 2,4 milhões de novos empregos e uma diminuição de 3,3 bi de toneladas na emissão de CO2.


Com os riscos climáticos e ambientais assolando todo o mundo, esse tema vem sendo uma preocupação global nos últimos anos. Desta forma, achar soluções e alternativas para diminuir esses danos se tornou fundamental para o desenvolvimento do planeta.

Foi então que as energias renováveis começaram a ganhar ainda mais destaque e se apresentaram como uma importante solução para o suprimento elétrico no futuro. Entre elas está a energia eólica, uma das fontes mais limpas e com baixo impacto ambiental do planeta. E, de acordo com o relatório Global Wind Energy Outlook, desenvolvido pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC), publicado este mês, a energia eólica poderá chegar a 2.110 GW, abastecendo 20% do consumo de eletricidade global até 2030.

Esse relatório traça um cenário no qual essa fonte renovável poderá fornecer um quinto de toda a geração de eletricidade em cerca de 15 anos e ainda prevê que sejam criados 2,4 milhões de novos postos de trabalho, diminuindo, assim, 3,3 bilhões de toneladas por ano das emissões de CO2, obtendo 200 bilhões de euros de investimento por ano.

Um dos principais motivos para esse crescimento é o acordo selado e aprovado em Paris em dezembro do ano passado. Para o secretário-geral do GWEC, Steve Sawyer, para que todas as metas sejam cumpridas, será necessário o fornecimento de eletricidade e a energia eólica é um dos principais motivos para que isso aconteça.

Em entrevista ao site da CRN-Bio, ele afirmou: “A energia eólica é a opção mais competitiva para adicionar nova capacidade para a rede em um número crescente de mercados. Se quisermos alcançar os objetivos do Acordo de Paris, precisaremos fechar usinas movidas a combustível fóssil e substituí-las por eólica, solar, hidráulica, geotérmica e biomassa. Essa será a parte mais difícil e os governos precisam ser sérios em relação a isso se quiserem cumprir as promessas que eles mesmos fizeram.”

Caso todos os países assumam o tratado assinado, será possível acabar com as plantas de energia de combustíveis fósseis, para que elas sejam substituídas por eólica, solar, hídrica, geotérmica e biomassa. Para Steve, com certeza essa será a parte mais complicada e os governos deverão agir com muita responsabilidade e seriedade para cumprir tudo o que foi prometido.

Os resultados obtidos nesse relatório demonstram como a energia eólica deve se comportar em termos de fornecimento de energia mundial, redução de emissão CO2, geração de empregos, redução de custos e atração de investimentos, fazendo com que estes quatro cenários sejam comparados com duas diferentes possibilidades de demanda mundial por eletricidade.


Contribuição do Brasil

O GWEC destacou também algumas informações sobre o desempenho brasileiro no setor de energia eólica. Para eles o Brasil continuará a ser o principal mercado onshore da América Latina até 2020, com um crescimento significativo nos próximos 2 anos.

O país que vem desenvolvendo um grande papel quando se trata de energia eólica, já é o 4º do mundo em crescimento de energia eólica e o 8º maior produtor desse tipo de energia renovável. Até o final desse ano vai ter a capacidade de produzir 10 gigawatts (GW).

Fonte: Pensamento Verde